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sábado, 7 de maio de 2011

Papo de mãe!

          
  Histórias de mãe, causadas por mãe, vividas por mãe, contadas por mãe estão sempre em nossas boas ou dolorosas lembranças. E aí se misturam aquelas nas quais fomos personagens, as que nos foram contadas por outros, as histórias de nossas mães, as nossas histórias como mães.
Porque quando o assunto é mãe, a fonte é inesgotável. Não importa se provoque risos ou lágrimas. Afinal, se criamos para os outros a caricatura através da qual os vemos, imagine para a própria mãe. É sempre uma delirante viagem entre expressões grandiloquentes como: "é uma santa", " é completamente maluca", "juro que não vou repetir isso com meus filhos", "a carência da minha mãe me cansa", "mas eu falei com você ontem, mãe!", "eu quero a minha mãe!", "culpada foi você, mãe!", "não sei como meu pai te aguenta", "ninguém faz a torta de limão que minha mãe faz", "mãe, só você é capaz de me ajudar", "mãe, pega um copo de água para mim", "pô, mãe, você já me repetiu isso um milhão de vezes", "onde você vai com essa roupa, mãe?", "minha mãe não tem noção", "tudo o que eu queria agora era ter minha mãe aqui do meu lado".
Filhos adultos te possibilitam ver tudo isso de forma ainda mais clara, e tantas vezes patética. Se antes éramos a fonte das frases profundamente racionais, analíticas e equilibradas sobre o perfil de nossas mães, um dia, assim meio de repente, nos percebemos a razão de ser dos olhares e comentários dos filhos. E diga-se: comentários que nos enquadram. Claro que tudo que enquadra, também limita. Não somos ou não nos reconhecemos em todas as observações, mais ou menos críticas, que escutamos hoje e que antes fazíamos sobre nossas mães, mas parte disso é uma incontestável verdade. Que seja então a melhor parte.
Porque ninguém quer errar como mãe, ninguém tem a deliberada intenção de errar, salvo os desprovidos de raciocínio ou malévolos de plantão. Mas é que acertar sempre é monótono e o que todos queremos - as mães, inclusive - é sermos razão para que alguém, ou muitos "alguéns", tenham prazer em nossa companhia. E que curtam os momentos bons ou ruins, mesmo quando tudo o que temos vontade de dizer é "mãe, tu é chata, hem?".
Não pode ser completamente simples uma relação que nasce de alguém que nasce de dentro de alguém. Isso é tão grandioso, tão natural e tão alienígena, que não podia ser fácil. Só mesmo com histórias para contar, com frases clássicas que se repetem, mesmo aquelas que se eternizaram na mais prosaica e chinfrim literatura popular: "mãe é mãe" ou "mãe, só tem uma". 
Nietzsche já disse: "Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos". Acho que também é por aí. Então, mãe, escuta só: você é essa Coca-Cola toda para mim, mesmo nos momentos em que te vejo chata e reclamante. Gosto demais de imaginar que você está lá e que eu vou te ver e te abraçar. E que posso bronquear se você não cuida da saúde porque sei que você vai me ouvir. Porque é bom saber que posso ser triste ou alegre com você e que de você só terei o colo e o afeto que quase sempre são o que de mais importante preciso. Sei que a mãe que fui e sou - repleta de erros, mas cheia de ótimas intenções - também aprendi com você. E desse aprendizado, que busco evoluir com reciclagens e atualizações constantes, tenho o maior orgulho.
Às mães - tenham o formato que for: mulheres, homens, amigos, tias, irmãs - que o dia de domingo seja especialmente feliz. 









2 comentários:

  1. lindo o meu samuca !!!!!Opa nosso
    obrigada por amar ele !!

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  2. Nada nessa vida é mais importante do que ter uma mãe... sem dúvida é a pessoa que mais nos ama nesse mundo..

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